CRISE DE PERDA DE FÔLEGO

No meio de uma brincadeira seu filho resolve fazer algo ou pegar algo que você diz que não pode. Pronto! está feito o estrago. Seu filho não aceita a palavra NÃO e do nada, começa a chorar e o show começa!

Por https://www.pediatriaemfoco.com.br - 

Fonte: Clínica Infantil Reibscheid

 

O papel dos pais é educar, colocando os limites necessarioss nas criaças. Em outras palavras: você diz não, e seu filho faz oposição.Chora, esperneia e não aceita a negativa.

Esse embate familiar fica mais freqüente a partir do primeiro ano, porque a criança começa a andar, fica mais independente e passa a expressar melhor suas vontades.E cada vez, terá mais vontades prórpias. Quando ela não pode ou não consegue fazer o que quer, reage à frustração com cara feia, choro, gritos, sapateadas e outros chiliques.

Às vezes, ocorre o espasmo do choro, ou crise de perda de fôlego, onde a criança fica cormalmente com os lábios roxos e muitas vezes com todo o rosto roxo.. Em meio à choradeira, a criança fica sem ar e até desmaia. Isto apavora os pais e todos que estão em volta.

Importante falar: Isto não é uma Convulsão.

O episódio é muito breve, dura uns 20 segundos em média. Não faça drama. Na verdade, nãp faça nada! 
Se seu filho tem dessas crises, você já deve ter sido orientada pelo médico a não superestimar o problema. Se a família se assusta e dá muita atenção, a crise tende a se repetir toda vez que a criança é contrariada. Ou, o que é pior, os pais deixam de contrariar o filho, temendo que ele entre em crise. 
Para enfrentar a situação com maior tranqüilidade, é bom saber mais sobre o assunto.

Existem dois tipos de crise: as cianóticas (em que a pele da criança fica arroxeada) e as não-cianóticas (quando a criança só fica pálida). A crise cianótica costuma ser desencadeada por uma situação de estresse, uma contrariedade, por exemplo. A criança chora e, de repente, pára de respirar, ocorrendo o arroxeado da pele e das mucosas. Ela parece ficar inconsciente por alguns segundos e, ao retomar a respiração, chora novamente. Este é somente um dos exemplos demuitos que podem acontecer.

As crises não-cianóticas acontecem sem choro, em geral motivadas por um susto, por uma batida forte ou por um acesso de vômito. A respiração é momentaneamente bloqueada, com episódios de soluço. A criança fica pálida e, às vezes, perde a consciência.Em qualquer dessas situações, você pode ficar segura de que nada vai acontecer a seu filho. No entanto, convém contar ao médico quando ocorrer pela primeira vez, para que ele faça um diagnóstico. Se é apenas a crise da perda de fôlego, não há nada a fazer. O melhor remédio nesse momento é a mãe dirigir a atenção da criança para outra coisa de que ela goste. Uma brincadeira ou um brinquedo, por exemplo, são ótimos para distraí-la.

É muito importante que os pais e todos cuidadores entendam que isso não é doença, portanto não há nenhum tratamento e nenhum risco de qualquer tipo de sequela.

 

No momento da crise:

Fique ao lado de seu filho, mas não entre em pânico nem tente reanimá-lo. Não adianta assoprar ou molhar o rosto da criança, nem passar álcool em seus pulsos, virá-la de cabeça para baixo ou dar tapas nas costas ou fazer respiraçãp boca-boca. Isso é tudo que eles querem. Estão tentando chamar a atenção e estão conseguindo. Ou seja, irão cada vez fazer com maior frequencia. São manobras inúteis. Seu filho voltará logo ao normal e provavelmente olhará o ambiente com ar de surpresa. 

 Passada a crise, comunique o fato ao pediatra para que ele faça o diagnóstico e informe a melhor conduta a seguir.

Se ele fizer isso algumas vezes e os pais não derem a atenção que ele deseja, ele irá perceber que é inútil e irá parar sozinho com estas crises.