As últimas semanas de gestação - Parte V

Mais sobre partos e suas dores

Por https://www.gravidafeliz.com.br

 

Parto fórceps

 

Essa geralmente é a grande preocupação da mãe e também do pai. Muitos casais já determinam, logo no início da gravidez, que em hipótese alguma deverá ser usado esse instrumento.

Hoje em dia já não se permitem mais malabarismos em obstetrícia. Não é mais como no passado, quando, por se temer as complicações da cesárea, as crianças eram quase arrancadas da mãe através do fórceps. Isso não acontece mais. O que eventualmente poderá acontecer, quando a criança já estiver quase nascendo, seus cabelinhos já estiverem quase para fora e houver dificuldade para se completar o desprendimento da cabeça, utilizar esse instrumento para finalizar o nascimento. Se não o fizermos, as paredes vaginais poderão começar a comprimir a cabecinha da criança, acarretando alguns problemas. É utilizado um fórceps especial para uma simples ajuda à criança e à mãe, impedindo o sofrimento de ambas. Esse tipo é totalmente inócuo e ajuda mãe e bebê. É chamado fórceps de alívio.

Em nossa experiência, muitos pais que assistiram ao nascimento do próprio filho dessa maneira, consideraram este ato absolutamente inofensivo, mas deve ser usado adequadamente.

Parto "sem dor"

Até hoje nenhum método pode assegurar, com certeza, a supressão de qualquer dor durante o parto. Sabe-se que haverá sempre mulheres que desejam viver o nascimento do filho sem, entretanto, sentir a dor lancinante que provoca a expulsão da cabecinha do bebê. Hoje, com o desenvolvimento da psicoprofilaxia e da anestesia peridural, nenhuma paciente deve temer o desenrolar de um trabalho de parto.

A psicoprofilaxia compreende todo um processo no qual a paciente toma parte. A gestante participa, entendendo cada fase da evolução, das modificações e dos sintomas que aparecem na gravidez. Por meio dessa compreensão (que é um dos objetivos deste livro), realizada com auxílio do médico e pessoal competente, a paciente é incentivada a fazer uma boa dieta, exercícios físicos e respiratórios.

Dessa maneira, além de um bom pré-natal, pode-se ter certeza de que o período entre o início do trabalho de parto até, mais ou menos, 6 cm de dilatação, quando será instalada a anestesia peridural ou combinada (peridural + raqui) que torna a dor quase inexistente - será facilmente suportável pela paciente, provavelmente nem notada (a dilatação máxima é de 10 cm e é alcançada momentos antes do parto).

A psicoprofilaxia da maternidade visa educar a mente e o corpo da mulher para o ato da parturição.

O parto é um fenômeno natural, primitivamente indolor ou acompanhado de sensações dolorosas plenamente suportáveis. O círculo vicioso medotensão- dor é o responsável pelas queixas das pacientes.

O conhecimento, por parte das mulheres, da fisiologia da gestação e do parto, ou seja, "do desconhecido", eleva o limiar da sensibilidade à dor. As gestantes são treinadas a fim de relaxarem o corpo durante a contração uterina, o que diminui a tensão e seus aspectos negativos.

 

Como tentar amenizar as dores do parto

A percepção da dor pode aumentar por:

 

  •    Fome e sede
  •    Medo de pensar, esperar que ela venha
  •    Ansiedade e estresse que aumentam durante as contrações da primeira fase do parto
  •    Autopiedade

A percepção da dor pode diminuir com:

 

  •     Apoio de pessoas queridas e carinho da equipe médica
  •     Um lanche leve durante o início do trabalho de parto; depois, chupam-se cubos de gelo ou tomam-se pequenos goles de água
  •     Distração. Enfrenta-se uma contração a cada vez. Elas são como ondas que se tem de vencer para chegar ao bebê
  •    Usam-se as técnicas de relaxamento que a gestante conhece bem, concentrando-se na respiração.