E quando os pais não são casados. Qual é a melhor forma para o pai participar ativamente na vida do filho desde seu nascimento?
Casados são aqueles que possuem amor, cumplicidade e compartilham a vida.
A tua questão pode ser abordada por diversos âmbitos, ficarei com dois:
a) "não casados" se refere a ausência de uma formalidade cartorial e b) "não casados" a não convivência do pai e mãe sob o mesmo teto.
Destas duas situações se depreende que:
a) a falta de um documento ou de um registro não interfere quando há amor e cumplicidade.
b) a não convivência sob mesmo teto pode ser harmônica ou litigiosa?
Quando há litígio a lógica jurídica apregoa que a separação não deve destituir o poder familiar, na prática somente com bons advogados, assistentes sociais e magistrados que se pode evitar a segregação de um dos cuidadores, geralmente o pai. Me recordo que logo que saiu a Lei Maria da Penha um caso me chamou a atenção: a genitora, detentora da guarda provisória, se aproveitava enquanto o pai afivelava o cinto de segurança dos filhos, ela o beliscava dizia baixinho: "revida que estou 'loca' por um BO (boletim de ocorrência)!" O pai gravou as situações e peticionou que as retiradas e entregas dos filhos fossem com parentes genitora. Pior que indeferida, a petição foi negligenciada e o judiciário não adotou nenhuma medida de proteção. Desamparado, com uma péssima assistência jurídica e sem saber como conter as manipulações da genitora, o pai se afastou. Hoje, passados alguns anos, a situação deste caso agravou e os filhos dizem: "papai foi embora, ele não nos ama!"
Quando há uma convivência harmônica, mesmo se separados, pai e mãe podem combinar os cuidados, a criança ganha duas casas para morar e sabe que pode contar com os dois. Um dos problemas que aparece com frequência é que frente a pequenos problemas alguns parentes acabam por potencializar o conflito/situação ao invés de auxiliar a dirimi-los. Portanto, a participação é possível quando há um "clima" de respeito.
(Fonte: https://www.awmueller.com)